Suspeita de tremores de terra em Ponta Grossa
Foto ilustrativa
MATÉRIA DE 2006 GAZETA DO POVO:
Barulho parecido com um trovão, seguido por um pequeno tremor em imóveis, foi percebido algumas regiões de Ponta Grossa. Defesa Civil descarta possibilidade de terremoto.
Um grande estrondo, parecido com um trovão, acompanhado por um tremor em residências e imóveis foi ouvido em alguns bairros de Ponta Grossa - pelo menos é o que dizem moradores de algumas regiões da cidade, como Jardim Carvalho, Oficinas e Uvaranas. O acontecimento assustou a população e foi percebido por volta das 18h desta quarta-feira (27).
A Defesa Civil de Ponta Grossa descartou, inicialmente, qualquer possibilidade de um pequeno terremoto ter atingido o município. “Algumas pessoas contataram os órgãos de segurança estaduais e municipais, mas não temos conhecimento de nada”, informou o coordenador da Defesa Civil, Edson Witek.
Pelas redes sociais, usuários postaram alguns relatos sobre o ocorrido. “Ouvi aqui do Jardim Carvalho. Pensei que poderia ser uma trovoada longe e passou desapercebido”, disse um rapaz. Já uma moradora contou que ficou assustada e inclusive sentiu alguns tremores. “Moro na região de Oficinas e foi bem intrigante. Tremeram as janelas, lajes e o chão da casa”, contou.
Nos municípios vizinhos o barulho também foi ouvido. “A janela da sala do escritório onde trabalho deu um estalo e balançou, mas passou desapercebido. Parecia quando um veículo pesado passa na rua”, contou uma moradora de Carambeí.
A Defesa Civil de Ponta Grossa informou que está em alerta para quaisquer situações referentes ao acontecimento, mas que ainda não há nenhuma confirmação de tremor na região.
Matéria Arede
MATÉRIA DE 2006 GAZETA DO POVO:
Os abalos sísmicos que atingiram sete cidades dos Campos Gerais do Paraná, na noite desta quarta-feira, foram da ordem de 4,3 graus da escala Richter (que atinge 9,5 graus). Os moradores de Telêmaco Borba, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Tibagi, Castro e Ponta Grossa sentiram a terra tremer. Não há informação de feridos, mas o susto deixou famílias inteiras com medo.
Os tremores mais fortes foram sentidos em Telêmaco Borba, cidade de 61 mil habitantes. Assustadas, as pessoas ligaram para o Corpo de Bombeiros para saber uma explicação para o fenômeno. De acordo com o tenente Eduardo Pinheiro, da Defesa Civil, foram mais de 500 ligações nas horas seguintes aos abalos. Em dias normais, o número de ligações é de 50 ocorrências - dez vezes menor.
O montador de móveis e morador de Telêmaco, Haroldo Martins, 37 anos, não chegou a acionar os bombeiros, mas confessa que levou um grande susto após os tremores. "Eu estava em cima da escada montando um armário quando ouvi um grande barulho e a terra começou a tremer (risos). Eu não pensei duas vezes larguei o armário e pulei no chão", conta Martins, que na hora do abalo estava na casa de uma cliente trabalhando.
Explicação
Todos os registros recebidos pelo Corpo de Bombeiros foram enviados para institutos de pesquisa, para que possa ser encontrada uma explicação para os abalos. Para Augustinho Rigoto, geólogo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em entrevista ao Paraná TV, foi apenas uma acomodação do solo. "Não há motivo para preocupação", disse.
A explicação é a mesma do Instituto de Sismologia da Universidade de Brasília. " A causa do tremor foi a acomodação de placas tectônicas a dez quilômetros abaixo da superfície. Em cem anos, o Paraná já registrou outros 13 abalos sísmicos de baixa intensidade, que não chegam a causar estragos como os registrados nos países asiáticos", segundo o Instituto. O maior tremor de terra do Brasil foi em 1955, no norte de Mato Grosso, e atingiu 6.6 graus na escala.
O Corpo de Bombeiros de Telêmaco Borba havia recebido apenas uma solicitação de um morador alegando que sua casa, após o tremor, apresentou rachaduras. A equipe foi até a residência e constatou que o problema na parede não está associado aos tremores.
Os hospitais de Telêmaco Borba informaram que não foi registrado nenhum atendimento à moradores em virtude do abalo.
Histórico
Pinheiro lembra que meses atrás aconteceu algo semelhante em alguns municípios das regiões Oeste e Central. Em Cascavel, a população sentiu tremores e alguns moradores teriam ouvido ruídos em virtude da movimentação do solo. Na ocasião, a explicação de institutos de geociência era de que acomodações ocorridas em placas que compõem o solo na região dos Andes teriam produzido ondas de movimentos que chegaram a ser sentidas nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
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